Francisco do Espirito Santo Neto é administrador de empresas, médium espirita e presidente da Associação Boa Nova
Livros Publicados:
a.. Águas da Fonte
b.. Além do Horizonte
c.. Coleção Fonte de Inspiração
d.. Conviver e Melhorar
e.. As Dores da Alma
f.. Espelho D’água
g.. Folhas de Outono
h.. A Imensidão dos Sentidos
i.. La Fontaine e o Comportamento Humano
j.. Lucidez
k.. Orvalho da Manhã
l.. Os Prazeres da Alma
m.. Renovando Atitudes
n.. Sol do Amanhecer
o.. Um Modo de Entender – Uma Forma de Viver
JOGO RÁPIDO.
Religião: Doutrina Espírita
Nota 10: Quando há respeito entre idéias diferentes
Nota 0: Todo tipo de preconceito
Uma alegria: Lançamento do livro ‘Renovando Atitudes’
Um lugar: O silêncio do meu quarto
O que falta em Catanduva: Uma ciclovia
ENTREVISTA
Blog: Como e quando foi o seu primeiro contato com a Espiritualidade?
Quico: O primeiro contato com a espiritualidade aconteceu quando eu morava na fazenda dos meus pais e era muito jovem. Naquela época notava alguns fenômenos curiosos, escutava passos e ruídos. Como recebi uma educação religiosa católica, acreditava que era tudo fruto de imaginação. Depois disso, com aproximadamente 18 anos de idade, minha mediunidade aflorou ostensivamente quando estive com amigos num terreiro de Umbanda. Meus braços começaram a formigar - sensação que tomou conta do corpo inteiro – e disseram que eu havia recebido um espírito. A partir daí as sensações mediúnicas que antecedem a incorporação ficaram cada vez mais comuns. Em 1973, o grande amigo Diomar Ziviani me orientou na questão espírita e me apresentou ‘O Livro dos Espíritos’ de Allan Kardec e ‘Voltei’ do Irmão Jacob. Foi meu primeiro contato com essas obras, mas a sensação era de que já conhecia aquelas lições. Através do estudo comecei a entender e administrar minha mediunidade.
Blog: Qual era a sua relação com Chico Xavier e como o conheceu?
Quico:Conheci Chico Xavier em 1974, quando estive em Uberaba com um grupo de amigos, para convidá-lo a receber o Título de Cidadão Catanduvense - honraria proposta pelo vereador Maurílio Vieira. Em Uberaba, encontrei o amigo Vivaldo Cunha Borges – diagramador dos livros de Chico – que havia feito cursinho comigo em Ribeirão Preto, alguns anos antes. Ele me apresentou Chico Xavier e naquele dia conversamos até de madrugada. Na manhã seguinte tive a oportunidade de participar com ele da prece na Comunhão Espírita Cristã e presenciei um fenômeno físico: Chico fluidificou várias garrafas de água que ficaram com um aspecto leitoso e cheiro de rosas. Até hoje guardo uma garrafinha com essa água. A partir desse fenômeno, tive a oportunidade de ver e participar de outros tantos. Ficamos amigos e eu tive a oportunidade de visitá-lo várias vezes. Ele também visitou Catanduva, quando recebeu o Título de Cidadão. Apesar de ser conhecido em todo o País e dedicar sua vida ao Espiritismo e caridade, Chico era uma pessoa extramente simples, muito feliz e bastante engraçada. Um verdadeiro exemplo.
Blog: Qual a sua expectativa em torno de Chico Xavier O FILME?
Quico:Acredito que será um ótimo filme. Primeiro porque retrata a vida de uma das personalidades mais importantes do Brasil e isso já merece destaque. Depois porque o livro ‘As Vidas de Chico’, em que é baseado o filme, é muito bom. Além disso, a produção conta com atores renomados. Tem tudo para fazer
sucesso.
Blog: Chico foi a reencarnação de Kardec?
Quico:No meio espírita há muitas pessoas que acreditam nisso, inclusive livros que tratam desse assunto. Eu, particularmente, prefiro não fazer esse tipo de afirmação, mas também não duvido que seja possível. Não gostaria de me pronunciar sobre essa questão.
Blog:Você gosta de Política? Como define a política em nossa cidade?
Quico: Acompanho a política de uma maneira geral. Leio sobre o assunto e acredito que o Brasil pode melhorar se as pessoas tiverem conscientização e cobrarem mais os candidatos que escolheram. Em Catanduva, acho que temos bons políticos. Prova disso é o trabalho que vem sendo desenvolvido na Educação, por exemplo, com a instalação da FATEC e melhoria das creches. Também vemos
o esforço para a despoluição dos rios e para a melhoria da imagem da cidade, com a restauração de prédios como o Palácio da Educação.
Quico: Acho que o preconceito tem diminuído bastante, mas ainda pode ser observado. Algumas pessoas, por exemplo, ainda acreditam que encontrarão sessões de exorcismo e outros rituais do tipo nos centros espíritas. Essas pessoas estão totalmente enganadas. Assim como em muitas religiões, o Espiritismo
segue os ensinamentos de Jesus e defende a caridade.
Quico:O mercado espírita no Brasil é bastante forte. Todos os anos surgem novos escritores e muitos livros são publicados. Acredito que a flexibilidade do Espiritismo seja responsável por essa força. Na Doutrina Espírita não há preconceitos e hierarquia. Para se ter idéia, os dois últimos censos do IBGE mostram que o número de espíritas no Brasil cresceu 40%. Dessa forma, diariamente mais e mais pessoas procuram o consolo no Espiritismo, atitude que faz com que o mercado editorial ganhe força.
Blog: Levar o nome de Catanduva para diversos países do Mundo, seja através dos livros, palestras e Congressos, é motivo de orgulho para você?
Quico:É motivo de felicidade, mas também de muita responsabilidade. Tenho consciência da importância de meu trabalho como médium e por isso, exercitei bastante para me tornar um elemento flexível nas mãos dos Espíritos Amigos – até para que a comunicação fosse a mais exata e transparente. Para que isso seja possível, conto com o auxílio de irmãos espirituais, em especial de Hammed.
Blog: Há previsão para uma nova obra sua?
Quico:Estou trabalhando em duas obras, uma quase finalizada. Posso adiantar que elas serão diferentes de todos os meus livros publicados.
Blog:Faz falta para Catanduva uma USE (União das Sociedades Espíritas) Municipal?
Quico:Acredito que temos ótimos dirigentes e casas espíritas em Catanduva, mas com certeza, uma USE traria benefícios.
Blog: Quem foi Hammed?
Quico:Hammed e eu tivemos o primeiro contato no final de 1972, através da psicofonia semiinconsciente. Tempos depois, soube que temos uma ligação espiritual muito forte, que é uma conseqüência de diversas experiências passadas. Antes da Era Cristã, por exemplo, já havíamos vivido várias vezes juntos no Oriente – inclusive na Índia. Na França do século XVII, ele participou do movimento jansenista, nas cercanias de Paris.
No trabalho, nossa relação é ótima, sendo que escolhemos os temas dos livros em parceria. Normalmente Hammed decide quais capítulos devem ser comentados, eu os coloco no papel e ele tece os comentários através da psicografia. Ele está sempre presente nas atividades públicas de psicografia ou por meio da psicofonia nas reuniões de quinta feira, na Sociedade Espírita Boa Nova.
Posso afirmar que Hammed é um grande amigo, bastante compreensivo e dicado, além, é claro, de ser um mestre lúcido e coeso.
Blog: Sua Mensagem final.
Quico:O grandioso destino do ser humano é descobrir pouco a pouco sua mortalidade, desenvolver seus potenciais internos e desvendar seus dons naturais, tornando-se cada vez mais consciente de sua filiação divina.
Amar é possuir respeito às próprias fragilidades, bem como às dos outros, entendendo-as. O amor verdadeiro nos torna menos rigorosos e mais brandos com dificuldades alheias. E, se quisermos a paz do mundo, sejamos pessoas felizes colocando em prática o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
NOTA DO BLOG: Agradecemos ao entrevistado pela presteza e atenção com que nos trouxe essas palavras de compreensão e conforto.Cordial Abraço.
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